quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Graziano da Silva defende o combate ao desperdício

A manifestação do diretor-geral da FAO em relação a eliminação do desperdício ser o grande desafio para auxiliar no combate a fome no mundo vem a fortalecer o trabalho que já realizamos em Brasília com a campanha de combate ao desperdício. Desde agosto até setembro treinamos cerca de 73 alunos no curso de segurança alimentar em parceria com o UNICEUB e os Centros Olímpicos de Santa Maria e Estrutural. A consciência de que não se deve jogar fora alimentos com alto valor nutritivo é de suma importância para ajudarmos a reduzir os altos níveis de desperdício na cidade e no mundo. Graziano da Silva lembrou ainda que cerca de um terço de todos os alimentos produzidos anualmente são perdidos ou desperdiçados. O diretor-geral da FAO disse que uma das razões do esbanjamento dos alimentos foi a tendência para o consumo excessivo em países de rendimentos médio e alto. Segundo a FAO, cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo estão acima do peso. Fonte: Ag.ONU

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Decretem nossa extinção e nos enterrem aqui

A declaração de morte coletiva feita por um grupo de Guaranis Caiovás demonstra a incompetência do Estado brasileiro para cumprir a Constituição de 1988 e mostra que somos todos cúmplices de genocídio – uma parte de nós por ação, outra por omissão. - Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais. O trecho pertence à carta de um grupo de 170 indígenas que vivem à beira de um rio no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, cercados por pistoleiros. As palavras foram ditadas em 8 de outubro ao conselho Aty Guasu (assembleia dos Guaranis Caiovás), após receberem a notícia de que a Justiça Federal decretou sua expulsão da terra. São 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças. Decidiram ficar. E morrer como ato de resistência – morrer com tudo o que são, na terra que lhes pertence. Os Guaranis Caiovás avisam-nos por carta que, depois de tantas décadas de luta para viver, descobriram que agora só lhes resta morrer. Avisam a todos nós que morrerão como viveram: coletivamente, conjugados no plural. Nos trechos mais pungentes de sua carta de morte, os indígenas afirmam: - Queremos deixar evidente ao Governo e à Justiça Federal que, por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo. Não acreditamos mais na Justiça Brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos, mesmo, em pouco tempo. Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy, onde já ocorreram 4 mortes, sendo que 2 morreram por meio de suicídio, 2 em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas. Moramos na margem deste rio Hovy há mais de um ano. Estamos sem assistência nenhuma, isolados, cercados de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Tudo isso passamos dia a dia para recuperar o nosso território antigo. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários de nossos avôs e avós, bisavôs e bisavós, ali está o cemitérios de todos os nossos antepassados. Fonte: Eliane Brum

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

De novo falta luz na capital preparada para grandes eventos

Moradores da capital federal ficaram sem luz na tarde de hoje (19) por cerca de 40 minutos. A queda de energia afetou as cidades de Águas Claras, do Recanto das Emas, Riacho Fundo 2, de Santa Maria e do Gama, que ficam ao redor do centro da capital. Em grande parte desses locais, o fornecimento já foi normalizado. Parte da Esplanada dos Ministérios também ficou sem luz hoje devido problema no fornecimento entre a subestação de Samambaia e Brasília Norte. O problema, identificado pela CEB, atingiu os bairros da Asa Norte, do Lago Sul e do Lago Norte. A queda também está sob investigação. É a segunda vez que partes do Distrito Federal (DF) ficam sem luz este mês. No dia 4 de outubro, um incêndio embaixo das linhas de transmissão da CEB deixou 70% do DF sem energia elétrica. Fonte: Ag.Brasil